Uma sala toda preta, com iluminação de alguns feixes de luz provenientes do alto, e som de chuva. No chão, imagens desfocadas se misturam como poças. Ao percorrer o ambiente com um guarda-chuva branco, o visitante percebe que quando os feixes de luz insidem sobre o guarda-chuva, este assume a função de uma tela. Assim o visitante se torna participante e pode circular livremente entre as várias projeções improvisando sua própria descoberta.

O nome PLUVIA, do latim chuva, separado em radicais PLU = plural, VIA = caminho, visão, foi escolhido por condensar a conceito da multiplicidade visual da era digital. Vivemos numa época dominada por imagens: ficamos expostos a essa tempestade visual que entorpece nossos sentidos e pensamentos.

O tema da instalação é explorado através da projeção simultânea de diferentes vídeos que atingem o participante como uma chuva. O fluxo incessante de sons e imagens provenientes da cena urbana mixadas com imagens de diversas mídias absorve o participante que parece mergulhar na própria mente do homem contemporâneo onde milhares de imagens circulam incessantemente.